A partir desta segunda-feira (4), novos servidores federais que ganharem acima do teto do INSS terão de contribuir para o Fundo de Previdência Complementar.
Os alunos de uma escola preparatória para concursos dizem que o sonho de assumir uma
vaga no serviço público federal continua o mesmo. Só no Poder Executivo, 10 mil vagas devem ser preenchidas este ano, mas, para se aposentar recebendo acima do teto de R$ 4.159, os novos servidores terão que contribuir para um Fundo de Previdência Complementar.
Com o Fundo, o governo espera diminuir o déficit da Previdência pública, que fechou o ano passado em R$ 62 bilhões para 1 milhão de servidores. O rombo é 50% maior que o do INSS, que tem quase 30 milhões de beneficiários.
O Ministério do Planejamento estima uma redução importante no déficit da Previdência dos servidores públicos. “Em 35 anos, o regime estará, no mínimo, zerado, com grande chance de estar superavitário”, diz a ministra Miriam Belchior.
Para Marcelo Caetano, economista especialista em Previdência, o governo ainda terá que fazer outras mudanças no regime de aposentadoria dos servidores para encontrar o equilíbrio financeiro, mas diz que o fundo é um avanço. “É um passo na direção correta, não só no sentido de dar mais sustentabilidade de longo prazo para o regime, mas também para trazer mais harmonia e mais equidade no sistema previdenciário”, afirma.
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