As vendas de música pela via legal na internet não são afetadas pelo compartilhamento de arquivos, diz um estudo do Centro Comum de Pesquisa da UE (União Europeia), divulgado hoje.[...]
A pesquisa, que monitorou os hábitos de 16 mil europeus durante um ano, também disse que serviços de "streaming", como Grooveshark e Spotify, impulsionam o comércio formal de música.
No estudo, intitulado "Consumo de música digital na internet: evidência dos dados de cliques" e assinado pelos pesquisadores Bertin Martens e Luis Aguiar, os autores dizem que, na ausência de opções gratuitas, as pessoas simplesmente não acessariam a música.
"Apesar de haver infração de propriedade intelectual, é provável que haja muito dano ao faturamento das empresas de música digital", dizem os autores.
A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), representante das gravadoras, pronunciou-se sobre as conclusões, dizendo que o estudo é "enganador, tem falhas e é desconectado da realidade comercial."
"As conclusões sejam baseadas em uma visão limitada do mercado e se opõem a um grande volume de pesquisas independentes, que confirmam o impacto negativo da pirataria no mercado legítimo de música", diz o comunicado da organização.
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