Um dos dois espectadores feridos neste domingo pela perda de controle de um carro no Desfile de Ferraris, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, não perdoou o motorista pelo acidente. Revoltado, Ricardo Durans, professor de Educação Física de 33 anos, classificou como
"imprudência total" a atitude de Adolfo Cardoso de Araújo, que acelerou demais seu carro, perdeu o controle ao fazer uma curva do circuito, bateu em uma grade e acabou ferindo o professor e a atriz Mônica Oliveira e Silva, de 38 anos.
O desfile fazia parte da exibição de Felipe Massa, que dirigiu sua Ferrari nas ruas do Aterro.
- Imprudência total do cara. Ele não tinha capacidade, treinamento, perícia para dirigir um carro daquele porte. Havia placas que indicavam que a pista estava terminando: 300m, 200m, 100m. Ele tinha noção que tava terminando a pista. E acredito que estava vindo a mais de 120km/h. Em 300m não se consegue frear um carro daquele. Ele foi parar uns 10 metros depois do limite da pista - reclamou o professor.
O condutor da Ferrari, que é empresário e vive em São Paulo, prestou depoimento durante três horas na 13ª delegacia de polícia, em Copacabana, e vai responder, em liberdade, a processo por lesão corporal culposa, podendo pegar de seis meses a dois anos de cadeia. Ele também fez exame de bafômetro, que não detectou irregularidades. Na saída da DP, Adolfo não quis falar com a imprensa, antes de deixar o local escoltado em um carro da polícia.
Segundo Durans, a imprudência de Adolfo fica mais evidente pelo comportamento do motorista ao entrar na curva. A vítima lembra que tanto a Ferrari de Adolfo, amarela, quanto a que vinha atrás dele, vermelha, estavam excessivamente velozes. O professor acusa o causador da confusão de não ter nenhuma preocupação em tentar desviar dos espectadores.
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