O deputado Marco Feliciano (PSC), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, criticou a imprensa na manhã desta quarta-feira (27). Alvo de processo por discriminação e pressionado a renunciar à presidência, Feliciano afirmou que os jornalistas “estão ultrapassando o limite de espaço” , “não tem outro assunto para falar” e que “falam besteiras”.[...]
O deputado reafirmou que não vai renunciar "de jeito nenhum".
Feliciano foi à embaixada da Indonésia para conversar com o embaixador sobre a situação de dois brasileiros que estariam condenados à morte no país.
"Não falo mais nada. Vocês [jornalistas] estão ultrapassando o meu limite de espaço. Eu estou aqui para um assunto sério e vocês estão de brincadeira", disse.
Questionado se esse seria o momento de analisar suposto pedido de clemência dos condenados, Feliciano respondeu: "Existe tempo para pedir clemência? Isso é uma pergunta estúpida, não?"
Segundo Feliciano, o embaixador não soube informar se os brasileiros estão na lista de condenados à morte e que o apelo por clemência do governo é bem visto pelo presidente da Indonésia, que os convidou para visitar o país.
Depois, Feliciano afirmou que a Comissão dos Direitos Humanos não está em crise, que a crise é dos jornalistas.
"A comissão não está em crise, quem está em crise são vocês. Falando besteira e falando coisas que não existem. Já fizemos duas sessões e na primeira votamos a rodada da pauta, a segunda foi impedida por causa do tempo, hoje tem a terceira sessão. Não sei se será (aberta ou fechada)”, disse.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e líderes partidários anunciaram nesta terça que farão uma reunião na próxima semana para tentar convencer Feliciano a renunciar.
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