segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

EMPREGO - CANDIDATOS EUROPEUS COMEÇAM A DESEMBARCAR NO BRASIL

Há muito tempo os brasileiros vem sendo incentivados a investir em sua capacitação para manter ou mesmo conquistar novas oportunidades no mercado. Por vários motivos, o mercado passou a exigir uma mão de obra mais qualificada. Em alguns casos o trabalhador precisa deste "up grade" em seu CV para manter sua posição. Em outros[...]
casos é fundamental para que ele acompanhe a evolução dos negócios da empresa onde atua.

Muitos, no entanto, não deram a devida atenção a este alerta e preferiram, utilizando um jargão popular, deixar o barco correr. As consequências desta decisão começam agora a sofrer outra grande interferência. Certamente isto não vai agradar muitos, vai atender a poucos, mas vai causar um furor no mundo dos negócios e empregos.

A atual situação do Brasil, vista por muitos especialistas internacionais como um mercado promissor está dando início a um movimento de Imigração e que começa a atrair, para o Brasil, profissionais "desempregados" no mercado Europeu. A crise nos países daquele continente tem feito com que muitos profissionais qualificados comecem a ver no Brasil uma oportunidade de se refazer e conquistar uma posição  desejada no mercado de trabalho  e estabelecer moradia em território brasileiro através de visto "permanente de trabalho".

Isto não é novo para o brasileiro se considerarmos que ele está acostumado a Emigração, que é aquele movimento que leva profissionais qualificados no Brasil a buscar oportunidades em outros países, mas agora enfrente o movimento reverso. Será que isto é bom?

Certamente poderá haver ganhos para as empresas brasileiras e até o mercado como um todo, pois teremos no país profissionais educados em escolas industriais com grande reconhecimento mundial nos mais diversos setores. Alemanha, Itália e Espanha são grandes exportadores mundiais no segmento de máquinas e equipamentos. Isto mostra que há no campo europeu, "dando sopa" bons profissionais que não estariam disponíveis não fosse a crise que assona o continente. Este é o lado bom.

Analisando números, para tomar como base, chegamos a constatações que são desconhecidas pela maioria dos brasileiros. Apesar de ter políticas duras aos que desejam ultrapassar suas fronteiras, países como EUA contam com aproximadamente 10% de mão de obra proveniente de outras nações. O Canadá, outro gigante internacional, chega a quase 20% de mão de obra importada. O Brasil, que sempre se achou exportador de mão de obra, conta com perto de 1% de mão de obra estrangeira, muito pouco se comparado aos países que compõe os Clube dos Sete Grandes.

O lado ruim, no entanto, começa pela análise de que a máxima aplicada, principalmente em países como EUA  e Japão, determina que só são permitidas contratações de mão de obra estrangeira, por empresas locais, quando não haja oferta da mesma disponível em seu território. O cenário por aqui aponta, infelizmente, para a possibilidade de empresas brasileiras ter em seus quadros profissionais formados em renomadas universidades europeias e certamente elas irão criar dispositivos para driblar esta exigência. Na nossa triste realidade, não será difícil para elas conseguirem isto. Não havendo algum espírito nacionalista, haverá perda de espaço para a mão de obra "Made in Brasil". Apesar de o gráfico acima mostrar números elevados, a maioria ainda refere-se a vistos de trabalho temporário.

Sem dúvida este é um grande desafio para o trabalhador brasileiro. Ele que até hoje achou que já vive ou viveu todas as dificuldades possíveis na sua relação de emprego, agora conta com mais estes adversários. Quem não se preparou agora terá que colocar "cebo nas canelas" para não perder o emprego ou ainda, disputar novas posições.

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